GAL COSTA por Kubi Pinheiro

Recebi esse texto do meu amigo K, que escreve crônicas fantásticas no Jornal Correio da Paraíba às terças, quintas e sextas-feiras.
O texto fala sobre Gal Costa e seu filho Gabriel!
Para quem não sabe, a maravilhosa GAL adotou uma criança em Salvador/BA.
A partir de então os dias dela são ainda mais felizes!
Leiam e espero que gostem!


O ÚLTIMO DESEJO DE GAL

Tomava o meu conhaque (presente de um amigo querido), ouvindo Gal Costa cantando “Último desejo”, de Noel Rosa, que eu sempre gostei na voz de Maria Bethânia, mas Gal é fatal.
De repente vejo no Twitter  @gal_costa fazendo declarações afetivas, indo ao Shopping em Salvador comprar brinquedos com o filho que tem 5 anos. Eu sigo Gal e ela pouco falava do filho, mas, de domingo para cá, abriu berreiro sobre o anjo Gabriel.
Gal reluz noutro palco, ao adotar um menino como um poema do Bandeira feliz pelas ruas do Recife. O velho Recife da “Dora”, cantada por Dorival Caymmi e por Gal.
Gal anjo, mais que sua voz clarim de seguidores afins - sonho e realidade nos prantos da alegria, ao realizar seu último desejo, o desejo de ser mãe, sem nunca ter parido. 
No Twitter, a cantora está bem mais próxima de Deus, mãe a sua maneira e não existe turnê mais iluminada do que sair pelas ruas segurando na mão de uma criança, um filho.
De fato, há semelhanças entre a ficção e realidade no cenário de um show, a canção invadindo saudades, a repetir que o amor nunca se esquece quando nasce de um desejo, nem que seja numa festa de São João.
Eu vibro na fogueira da música ao mesmo tempo folia, desejo todo dia, esse jogo infantil sem limites: meu grito e o berro de meu guri Vítor infinito.
Perto do coração de Gal mora uma Clarice Lispector, com o sentimento do mundo de Drummond, o seu anjo Gabriel. Como tudo na vida é vida, é morte, é criação, é Deus, é cotidiano, é palavra, silêncio, alegria, solidão, entrega, inspiração, aceitação e por isso, o nome dela é Gal.

Kapetadas
1 - Gal mãe saboreia a amplidão do silêncio de um filho dormindo.
2 - Um filho faz com que a gente não perca os sentidos.
3 - Som na caixa: “Eu amo igual, meu nome é Gal”, Roberto e Erasmo.